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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alunas do secundário querem despertar o interesse da comunidade para as Medicinas Alternativas

Emanuelly, Solange, Vanessa  e Beatriz
querem ser enfermeiras 
Divulgar os efeitos benéficos da apiterapia e da reflexologia podal, e sensibilizar a comunidade para a eficácia destas terapias e o uso que se faz delas, em curas e prevenção de doenças, é o objectivo do projecto sobre Medicinas Alternativas, que um grupo de quatro alunas do 12º ano (área de Ciências e Tecnologias) da Escola Secundária Damião de Goes, de Alenquer, está a realizar, com reconhecido êxito, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.
“Temos como objectivo principal evitar que as pessoas recorram desnecessariamente a fármacos e que optem por opções mais saudáveis. E pretendemos divulgar estas duas medicinas porque são aquelas a que a população tem acesso a menos informação”. Foi com estas convicções que as alunas Vanessa Sousa, Beatriz Cardoso, Emannuelly Meira e Solange Sousa, do 12º B, decidiram desenvolver um projecto subordinado às temáticas da apiterapia e da reflexologia podal, tendo como públicos-alvo a comunidade escolar em particular e a população do concelho de Alenquer em geral.
“Optámos por este tema porque consideramos importante que as pessoas não recorram desnecessariamente aos fármacos, quando pode haver resposta eficaz para os seus problemas nestas terapias”, explica ao Nova Verdade Beatriz Cardoso, de 18 anos, especificando que “a apiterapia é uma ciência que utiliza os produtos da colmeia para prevenir, recuperar e curar um ser vivo de uma ou mais patologias/condições, enquanto a reflexologia podal consiste na aplicação de uma pressão específica nos pés que resulta em curas e prevenções de doenças que estão relacionadas com eles”.
A escolha das medicinas alternativas para tema, por parte destas quatro alunas que têm em comum o desejo de seguirem enfermagem, chegou a conhecer, de início, alguns entraves. “Alguns professores estavam um bocado cépticos, porque há medicinas alternativas que não são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde, mas, embora por vezes se entenda esta área como estando relacionada com o mundo exotérico, o nosso propósito foi sempre o de fazer a ligação à parte científica, pois é isso que importa e é nisso que acreditamos”, sublinha Solange Sousa, também de 18 anos, acrescentando que o apoio das professoras de Área de Projecto, Margarida Martins, e de Biologia, Elvira Rocha, “foi fundamental para levar por diante este projecto inédito na escola”.
No âmbito do trabalho de investigação e pesquisa que realizaram, as autoras do projecto contaram com algumas ajudas preciosas. “Na vertente da apiterapia recebemos todo o apoio do doutor António Couto, que é um especialista de renome na área em Portugal. E no capítulo da reflexologia podal tivemos o também excepcional apoio da doutora Vera Martins, do centro dietético e naturista Botica dos Anjos, de Alenquer”, refere Vanessa Sousa, de 19 anos.
O conhecimento materializado com a elaboração do projecto, que foi apresentado publicamente, e defendido em termos de avaliação, pelas suas autoras, durante a exposição de projectos da Secundária Damião de Goes, que decorreu no passado dia 10 de Maio, permite a Solange Sousa afirmar que “muitas vezes os medicamentos tradicionais só remediam a situação, não curam e nesse âmbito, por exemplo, a apiterapia tem resultados excelentes, nomeadamente a nível de sistema nervoso, endócrino, imunitário e muscular, abrangendo com eficácia várias partes do corpo, como cabeça, pescoço, costas, peito, abdómen e membros superiores e inferiores, assim como aparelhos cardiovascular, circulatório, digestivo, respiratório e uro-genital, bem como na própria pele”.
No campo da reflexologia podal, as autoras do projecto não se ficaram pela parte teórica desta terapia indicada para curas e prevenção de várias doenças e patologias, como úlceras, gastrites, prisão de ventre, asmas, bronquite, hemorróides e reumatismo, entre outras. “Para alcançarmos o objectivo, e melhor percebermos o alcance desta terapia, tivemos que aprender algumas técnicas básicas, para aplicar em sessões práticas de massagem nos pés”, destaca Emannuelly Meira, a mais nova do grupo, de 16 anos.
Questionadas acerca de um eventual interesse, e interligação, ou por outro lado conflito, destas duas medicinas alternativas nas suas futuras carreiras de enfermeiras no âmbito da medicina tradicional, as quatro estudantes alenquerenses consideram que as duas áreas não estão em campos opostos. “Enfermagem e medicinas alternativas são complemento uma da outra. E cada vez mais haverá opção por produtos naturais”, remata Vanessa Sousa, recolhendo a concordância do grupo.

Notícia Nova Verdade

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